Este mar

Pequenas ondas vão e vêm, afastam-se dos meus pés enterrados na areia e regressam, molhando as minhas pernas quentes do sol. Preciso deste mar, como do ar que respiro, como da comida para me alimentar o corpo. O mar alimenta-me o espírito, o mar leva para longe todos os meus pensamentos, absorve todos os meus medos e as minhas fragilidades. E, em troca, devolve-me a paz, traz-me harmonia, oferece-me tranquilidade e energia.
Preciso deste mar, ainda que, por vezes, revoltado, para o ouvir queixar-se incessantemente, para me deixar embalar pelas suas lamúrias e, com isso, esquecer as minhas feridas.
Preciso deste mar que, às vezes, silencioso surge suave no areal, deixando um rendilhado branco de espuma, como se tivesse sido criado à mão. Tal como o sol se perde atrás do mar, também eu preciso de me perder nestes momentos em que sou só eu e o mar imenso à minha frente. Preciso de sentir a areia húmida e fria, preciso de navegar naquelas águas, nem que seja com o olhar, para renascer e voltar a ser eu.

Créditos da imagem: Helena Simão

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2 Comments

  1. Setembro 7, 2017
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    • Helena Simão
      Setembro 8, 2017
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