Diz-me que vais esperar por mim, mesmo que me demore. Diz-me que me vais reconhecer, mesmo que esteja ausente por muito tempo. Diz-me que essa ligação que temos não vai acabar e que tudo faz parte de um plano, do nosso plano, tudo faz parte do destino, do nosso fado. Diz-me que a nossa história não terá um fim, apenas será interrompida por reticências, pela breve ausência ou pela longa demora em encontrar o caminho de regresso a casa.
Por vezes, temos de nos afastar para perceber de onde somos, onde queremos estar, para onde queremos ir. Diz-me que esperas o tempo que for preciso. Que tens paciência para aguardar pelo momento certo. Estaremos condenados a não nos reencontrarmos? Diz-me que não.
O tempo é uma ilusão, um falso obstáculo. O espaço é apenas uma pedra no caminho que nos impede de ver mais além, de ver o que realmente importa. Saberás esperar até os nossos olhos voltarem a estar fixos um no outro? Saberás ver o teu coração no meu? Saberás reconhecer o toque da minha mão na tua?
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