Ilha do Pico: terra de belos mistérios

Misteriosa e imponente, a montanha do Pico deslumbra-nos desde que chegamos à ilha que só podia ter o seu nome. Protegido quase sempre por nuvens, que o torna ainda mais enigmático, o monte hipnotiza-nos e cativa o nosso olhar, tamanha é a sua beleza. De um lado, a serra, verde e pintada de flores, do outro, o mar, de um azul intenso e profundo. O nosso horizonte perde-se na distância das ilhas mais próximas, a de São Jorge e a do Faial.
E, por todo o lado, reina o silêncio, um silêncio que acalma as dores da alma, que cura as feridas do coração, que nos devolve a esperança, que nos faz respirar calma e profundamente. Ouvem-se os pássaros e seguimos com os olhos os seus voos alegres e tranquilos, libertos de qualquer obrigação. Ouvem-se as vozes de pessoas simples e com um coração grande, com tempo para conversar, disponíveis para dar uma indicação, um conselho, um afeto.
A segunda maior ilha dos Açores tem tanto para dar: tem paisagens verdejantes, tem flores carregadas de cores brilhantes, tem aromas delicados que nos dão paz, tem piscinas naturais esculpidas nos rochedos de basalto, tem caminhos para conhecer a pé, enquadrados em paisagens de cortar a respiração, tem a montanha do Pico, para os mais aventureiros, que do alto dos seus 2351 metros, atiça a nossa curiosidade, tem as vinhas classificadas pela UNESCO.
A ilha do Pico tem segredos, tantos e tão belos, que vale a pena descobrir e, se possível, não revelar. Porque há segredos que devem ser bem guardados!