Limitei-me a amar-te até que descobri que o amor não tem limites. Perdi-me nos meandros do teu mundo até que percebi que não pertencia a esse mundo. Demorei-me nos teus braços até compreender que os teus braços não tinham pressa de chegar. Segurei-me nos teus olhos até que descobri que não era o teu coração que via, mas apenas o reflexo do meu.
Amei-te como se te fosse perder e não sabia que eras tu que estavas perdido noutro lugar. Senti que desabava quando te foste embora até que aprendi que, para chegar ao castelo, teria de atravessar a fossa. Acreditei que o tudo era o infinito até que percebi que nada significava se estivesse longe de ti.
Iludi-me com a promessa de que seria para sempre até que compreendi que a saudade era apenas uma ilusão. Segui pelo trilho do tempo na esperança que surgisses em alguma esquina dos meus sonhos até que despertei para a realidade. Esse tempo era meu e era teu, mas não era nosso.
Créditos da imagem: Helena Simão
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