Às vezes, não sei para onde ir. Fico inquieta sem saber que caminho escolher, que decisão tomar perante a imensidão de perguntas que invadem a minha cabeça. Fico paralisada com o medo de escolher a opção errada, de caminhar em direção a um beco sem saída, de bater com o nariz numa qualquer porta, de me magoar e de não ter coragem para recuar e recomeçar.
Às vezes, a vida cala os nossos silêncios, atropela os nossos sentimentos, destrói os nossos sonhos. Sem qualquer explicação, sem usar nenhum argumento que nos pareça válido. Às vezes, dói demasiado, custa demasiado. Fico só com as minhas dúvidas, os meus receios, as minhas falhas, as minhas imperfeições e limitações. Vejo apenas metade de um ser e vejo-o vazio de metas e de concretizações.
Mas, às vezes, basta deixar que um dia venha a seguir a outro para que tudo mude outra vez. Basta abrir bem os olhos, alargar horizontes, ganhar coragem para andar e ignorar o medo. Basta ver que a vida borbulha em todo o lado, mostrando que cada segundo é precioso de mais para ser desperdiçado com tantos pontos de interrogação e reticências. E basta um sorriso para que o desconhecido nos aconchegue e um obrigado para que o universo nos abra uma porta.
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