Os gestos nervosos e inquietos denunciavam a sua inexperiência nestas coisas do amor. Caminhava em passos acelerados, ajeitava o casaco e o cabelo escuro, que se debatia contra o vento, e segurava na mão uma rosa vermelha. Com toda a delicadeza.
Ela esperava-o, num banco de jardim. Os pés impacientes mexiam-se sem saber como sossegar e os olhos percorriam uma e outra vez o seu pequeno horizonte. Até que o viu. Iluminou-se ao ver que se aproximava, serenou ao senti-lo apaixonado.
Ele sentou-se junto dela e, carinhosamente, ofereceu-lhe a rosa, como se estivesse a partilhar o seu coração e a dizer “Cuida bem dele, não lhe faças mal”. Ela, sem palavras para aquele gesto inesperado, respondeu-lhe com o olhar, ainda inocente e cheio de promessas de amor. Por fim, vencendo a sua timidez, deu-lhe um beijo, como que a tranquilizá-lo e a dizer “Vou tratar do teu coração como se fosse meu”.
E ali ficaram os dois a sorrir um para o outro e para o cenário frenético de uma cidade em constante agitação, alheia e indiferente àquele gesto tão singelo e tão cheio de significado.
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