Se eu fosse um livro

Se eu fosse um livro, seria um drama ou uma comédia? Seria uma história de amor, de encontros e desencontros com um final ainda por escrever? Seria pontos de interrogação, sim, mas também reticências e com alguns pontos finais. Seria um livro ainda com muitas páginas em branco, à espera de serem preenchidas por momentos de inspiração, de alegria, de coragem, de nãos e de sins, de desânimo e de ânimo. E, sobretudo, de esperança.
Se eu fosse uma árvore, gostaria de ser grande e alta, gostaria de ter muitos ramos, onde crescessem folhas verdes. E estaria no meio de um imenso prado colorido e estonteante, cheio de vida. Gostaria de ser um porto de abrigo e ponto de encontro, um local de passagem e de paragem.
Se eu fosse um barco, percorria o rio, em dias de sol, até ao mar, esse mar sem fim que me faz sonhar com qualquer destino. E, quando quisesse regressar, gostaria de ancorar junto a uma paisagem verdejante e bucólica, que inspirasse alguém a escrever um belo livro, a minha história.