Nunca fui à Índia, mas nem foi preciso sair de Lisboa para ser de imediato transportada para outra cultura, outra religião, outro modo de ver a vida, de viver a vida. Para os mais distraídos, o nº 91 da rua Dona Estefânia pode ser apenas um restaurante, onde não se serve carne, mas para os mais curiosos o nome do espaço – Hare Krishna – é o ponto de partida para algumas interrogações.
Entramos numa habitação simples, com um corredor comprido e estreito, que dá acesso a várias divisões. Escolho o lugar e rapidamente a comida é servida com um enorme sorriso. Vem a sopa de coentros e o chá de especiarias, com um travo forte de gengibre.
O corpo recebe os primeiros sabores com especial prazer, já a antecipar o que poderá vir a seguir. O menu dizia que era dia de feijoada, neste caso, de lentilhas. Uma agradável e inesperada experiência de sentidos, que é rematada com a sobremesa, um divinal pudim de coco. Uma experiência de boas energias e de paz, que, mais do que alimentar o corpo, sacia o espírito.
Hare Krishna define-se como um refeitório associativo, que respira os ensinamentos dos textos sagrados da antiga Índia. São palavras que protegem a mente de pensamentos de infelicidade. Uma coisa é certa, depois desta refeição, não há qualquer espaço para pensamentos negativos nem tempo para tristezas.
Créditos da imagem: Helena Simão
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