Escolho ser feliz. Escolho uma das cartas que estão em cima da mesa com um sorriso porque acredito que vou acertar naquela que será a melhor para mim. Escolho ser eu sem capas, sem falsidades, sem meias verdades, sem meio termo. Escolho ser inteira porque só assim se pode ser inteiramente feliz. Escolho estar presente, sentir, tocar, abraçar. Escolho dizer o que me vai na alma mesmo que não faça sentido aos outros e, por vezes, nem a mim própria.
Escolho este caminho sem saber onde vai dar, por onde passa, como vai acabar. Escolho aceitar que vou fazer muitas escolhas erradas. Este caminho pode levar-me apenas à distância, à solidão e ao medo, mas se não tentar nunca vou saber. Se não for por aqui, hei-de escolher outro percurso, outra tentativa, outro destino.
Escolho aceitar os fins para que haja novos recomeços. Escolho dar vida e ser vida. Escolho aceitar-me tal como sou. Escolho ser simples, ser leve, livrar-me dos fardos que são as angústias, as mágoas, as dificuldades, as despedidas. Nada disso me pode ajudar daqui para a frente. Escolho cuidar de mim todos os dias, semear amor, ser amor. Escolho ser livre.
Créditos da imagem: Helena Simão
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