Há uma espécie de encantamento que se sente na atmosfera, quando se chega à Madeira. Não sei se é do sol intenso ou do nevoeiro cerrado, da pacatez das imponentes montanhas ou das ondas suaves que beijam as praias. Não sei se é da temperatura amena que nos aconchega o corpo ou se do sabor intenso dos deliciosos pratos que nos aquecem o espírito. Das flores de cores intensas que florescem em locais recônditos, das paisagens de cortar a respiração, do azul profundo de um oceano que parece não ter fim…
Há uma espécie de mistério que envolve aquele pedaço de terra. Não se mostra tal e qual como é, de imediato. É preciso palmilhar por trilhos ainda pouco explorados, sair da estrada, caminhar, subir e descer por percursos sinuosos, parar, recuperar o fôlego.
Não é fácil chegar ao seu coração, mas é nesses locais mais difíceis de alcançar que se encerra a beleza da ilha. E são esses momentos de puro contacto com a natureza, esses fragmentos de uma viagem que vai muito além dos cinco sentidos, que trazemos no regresso. Um encantamento que se vai saboreando, muito depois da viagem ter terminado.
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