O calor e o frio, o dia e a noite, a luz e a escuridão, a alegria e a tristeza, o sorriso e a lágrima, o muito e o pouco, o tudo e o nada. O universo é feito de poderosos contrastes. Nós próprios somos feitos de camadas que se opõem umas às outras.
Somos seres complexos e, muitas vezes, entre um oposto e o outro, há uma lista infindável de possibilidades, há um assim assim, há o crepúsculo, o morno, o sorriso forçado, o olhar apagado, o quase. Porque, muitas vezes, o meio caminho já é suficiente para nós, uma mão com alguma coisa é melhor do que uma mão vazia e desamparada, um “estar perto de” é melhor do que não ter ido a lado nenhum.
Mas para quê aceitar metade quando podemos ter as coisas por inteiro? Para quê ficar contente com um quase quando podíamos ter chegado lá, à meta, à felicidade? Nada é melhor do que a sensação de nos superarmos, de vencermos as nossas barreiras, de chegarmos ao topo da montanha. Custa, sim, custa mais um bocadinho e até podemos não conseguir à primeira. Temos tempo para errar. Porque vale a pena ser grande, ser inteiro, amar sem medida, viver em pleno.
Créditos da imagem: Helena Simão
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