Posso ver-te, mas não te posso tocar. Posso sentir-te, mas sei que não me consegues ver. Sei que és tu, consigo percebê-lo ao olhar-te nos olhos, demoradamente, antes de desviares o olhar e seguires o teu caminho, sem nada compreenderes, indiferente àquele silêncio repleto de palavras que ficaram por dizer. Sei que és tu, o meu coração diz-mo com todas as letras, sem qualquer sombra de dúvida. Mas o teu coração está fechado.
Estás de partida. Tens uma outra vida noutro lugar. Não és daqui. Nem queres ficar aqui. Por isso, talvez prefiras não me ver. É mais fácil não sentir para evitar sofrer, não ficar dependente de um sentimento para não causar uma ferida profunda com a inevitável separação. É mais fácil vendar o coração para evitar a desilusão de não ser correspondido. Pode ser mais fácil, mas apenas momentaneamente.
Com o passar do tempo, não sentir é apenas aumentar as brechas do coração, ter medo é apenas encher a vida de um vazio louco. Sei que és tu. Mas não sei se nos voltaremos a encontrar. E se nos reencontrarmos, saberás reconhecer-me?
Créditos da imagem: Helena Simão
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