Há dias em que as palavras escasseiam, os pensamentos ficam suspensos algures e, quando surgem, aparecem meio desfocados e intermitentes. Há dias em que o silêncio, aquela tortura vazia e oca do fim, é apenas o que necessitamos para surgir à tona de água e voltar a respirar.
Há dias em que nenhum sorriso do mundo nos devolve a vontade de sorrir porque vemos o mundo sem qualquer sorriso, sem qualquer alegria. Há dias em que desabamos e caímos sem o amparo de nenhuma rede porque nada nem ninguém pode devolver um pai, uma mãe ou um irmão que deixaram esta vida cedo de mais. Porque, para quem ama, será sempre cedo de mais. Porque, para quem ama, nenhuma despedida poderá ser definitiva. Tudo o que é definitivo é cruel e as despedidas para sempre não deveriam existir nunca.
Há dias em que o nosso mundo parece parado, bloqueado, preso a algo que não conseguimos compreender. E o mundo, que não o nosso, continua a girar, continua a avançar, a seguir um rumo que não entendemos e que não queremos entender. Há dias em que apenas as lágrimas são companheiras dos nossos olhos, testemunhas da nossa revolta, marcas da nossa dor, desabafos de um coração que já não se consegue conter.
Há dias em que dois braços abertos são tudo o que precisamos para voltar a andar e a girar no sentido certo, para voltar a acreditar que um dia vamos sorrir outra vez. Por nada. Por tudo.
Créditos da imagem: Direitos Reservados
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