Há quem goste de desculpas para desistir, em vez de motivos para insistir. Há quem prefira encontrar argumentos para voltar atrás, do que perder o medo e encontrar forças para seguir em frente. Há quem insista em ficar fechado na sua bolha, naquele pequeno mundo que conhece de cor, do que arriscar e colocar os pés em terrenos desconhecidos. Há os que têm medo, mas preferem enganar os outros com a sua falsa coragem e até a eles próprios; e há os que têm medo, mas assumem quem são e o que sentem, sem máscara, sem filtros.
Todos temos medos: fantasmas que estão no nosso armário das lembranças, esqueletos de erros que amontoamos, em vez de aprendermos com eles, balões de possibilidades que se enchem de enganos que podemos vir a cometer um dia. Temos medo do que fizemos mal ontem e do que podemos vir a fazer mal amanhã.
Temos medo de falhar, de não sermos capazes, de não sermos bem-sucedidos, de não conseguirmos realizar os nossos sonhos, de não sermos felizes. E, muitas vezes, preferimos não sonhar para não sofrer, não querer para não sentir falta, não tentar para não falhar.
Vivemos algures entre dois mundos, entre o mundo do sonho e da fantasia, e o mundo onde podemos ser heróis de nós próprios. Vivemos ali no meio de um deserto de emoções, sem grandes expectativas, sem altos, sem baixos, apenas numa linha reta vazia de borboletas na barriga, oca de brilho nos olhos, numa linha onde não há sorrisos de verdade, abraços de verdade, amor de verdade.
A sua zona de conforto é aquela onde é feliz, onde está em paz consigo próprio e com o mundo. E só se pode permitir descansar quando lá chegar. Ela existe e só você pode fazer esse caminho, mesmo que não o conheça, mesmo que não exista mapa ou guião do que vai acontecer a seguir.
A sua zona de conforto vai surgir no horizonte quando a sua coragem for além do medo e a sua confiança for maior do que a sua fragilidade.
Em vez de desculpas, procure conhecer as respostas. Em vez de argumentos para falhar procure possibilidades para acertar. Em vez de culpar os outros pelo seu azar, assuma o controlo da sua vida, responsabilize apenas quem é culpado pelo que lhe acontece ou não acontece: você. Em vez de semear o medo, semeie gratidão e amor.
Créditos da imagem: Helena Simão
Este texto integra a revista ZEN Energy de Setembro 2017.
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