Cada vez mais

Cada vez mais, fujo daquilo que não me diz nada. Fujo da prepotência, da arrogância, daqueles que tudo sabem, que tudo experienciaram, que tudo sofrem, que, para tudo, têm uma palavra a dizer. Fujo do que não me faz sentir bem por dentro, fujo do que o meu coração diz abertamente ‘não’.
Cada vez mais, procuro o silêncio da tranquilidade nos dias que me fogem das mãos, escorregadios como grãos de areia. Cada vez mais, procuro a simplicidade nas pessoas, procuro sorrisos verdadeiros, palavras fáceis que aconchegam e que procuram fazer bem. Cada vez mais, fujo de quem quer complicar, de quem fecha portas na cara, de quem se acha superior porque tem isto ou aquilo ou porque faz isto ou aquilo.
Não é o que fazemos que nos define, muito menos o que temos, é o que somos, é a verdade do nosso olhar, a simplicidade do nosso sorriso. Cada vez mais, procuro o que me faz bem, o que faz com que o meu corpo e o meu espírito estejam em sintonia. Cada vez mais, caminho no sentido que me dá tranquilidade, longe do caos e do ruído indefinido. Porque cada vez quero estar mais perto da minha paz.

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