“Não vás…”, disse ela, como se estas palavras a impedissem de respirar. Na verdade, depois de as dizer, susteve a respiração, perante tamanha ansiedade que lhe invadia o peito, perante tamanho silêncio que congelou tudo à volta deles. Até o tempo pareceu parar na expetativa do que ele poderia responder àquela súplica do tamanho do coração dela. Dava para sentir em cada letra a dor que antecipava aquela separação, dava para perceber o tamanho do amor dela por ele, quase como se fosse louco, selvagem, sem qualquer limite.
As palavras deveriam servir para juntar e nunca para separar dois seres marcados para sempre. Ali estava ela, no seu maior momento de fraqueza, a pedir-lhe que não a abandonasse. Ali estava ela, no seu maior ato de coragem, a lutar por tudo aquilo em que acreditava, a desbravar o caminho que ela sabia que existia, apesar daquele muro de silêncio.
E ele, que achava que os homens não podem chorar, virou as costas para deixar cair as lágrimas, que nem todas as suas forças juntas conseguiram conter.
Até que uma mão, a dela, mudou o destino que parecia querer condená-los. Agarrou-lhe a mão com força e nunca mais a largou.
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hummmmm!
Emocionei-me!
Obrigada!
Bom dia Elsa, muito obrigada pelas suas palavras! É tão bom quando as palavras nos emocionam! Um beijinho