Às vezes, os dias descarrilam, saem da linha que tínhamos traçado, da corrente que queríamos percorrer e a nossa vida vira do avesso. Às vezes, o que parece acontecer por acaso faz-nos voltar atrás e perder tempo, encarar de novo o que tínhamos decidido riscar e perder o equilíbrio.
Às vezes, tudo parece correr contra nós: o tempo, as pessoas, as situações, os encontros, as surpresas. Tudo esbarra em nós como se fosse uma parede de vidro que não vemos e estatelamo-nos ao comprido. Às vezes, doem mais as feridas de dentro do que as que mazelas que ganhamos com as quedas, os tropeções e as rasteiras da vida.
Às vezes, somos apanhados na curva por palavras que não definem quem somos, por gestos que não merecemos, por despedidas que nos deixam sem chão. Às vezes, tudo o que pedimos é um pouco de silêncio, um pouco de paz à nossa volta para que nos possamos levantar.
Mas, às vezes, são essas voltas que abanam o nosso mundo que nos dão o que estávamos à procura sem saber. São esses recuos que nos fazem avançar e são essas despedidas forçadas que nos fazem ver o mundo de outra maneira, a partir de outro prisma. E, às vezes, é esse tempo que se perde a dar passos atrás que nos devolve o que mais precisamos: leveza.
Créditos da imagem: Helena Simão
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