“Pede-me para esperar por ti…”

Não se viam há mais de três anos. E agora ali estavam, um em frente ao outro, o olhar dele preso ao dela, o dela ainda magoado e cheio de pontos de interrogação.
A distância que os separou não afastara aqueles dois corações nem destruíra o sentimento que os unia.
Os olhos não mentem e ambos compreenderam isso.
Mas as palavras podem ocultar a verdade, erguer muros impenetráveis e abrir feridas ainda não saradas. “Por que te foste embora?”, perguntou ela. “Todos acabamos por ficar sós…”, respondeu-lhe ele.
Ela replicou: “Eu teria esperado por ti se me tivesses pedido, mas não tiveste coragem. Pede-me para esperar por ti…”.
Ele ficou calado. Com os olhos colados nela, não conseguiu abrir a boca. Deixou-a ir embora. Separaram-se, uma vez mais. Até que as palavras ganharam vida e disse, baixinho: “Espera por mim…”

Créditos da imagem: Rita Catarino
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