De nada vale

De nada vale lamentares a falta de sorte e nada fazeres para sair desse lugar que te aprisiona. De nada vale usares palavras duras como arma de arremesso aos outros só para esconderes a raiva que tens dentro de ti. De nada vale um dia bonito de sol se não consegues desembrulhar o presente que está mesmo à frente dos teus olhos.
De nada vale quereres ter se ainda não percebeste que o que importa é querer ser. De nada vale mostrares que tens se não sabes mostrar quem és. De nada vale teres duas mãos e não ajudares os outros. De nada vale caminhares por essa estrada se continuas com a cabeça voltada para trás. Resolve, primeiro, tudo o que te atormenta. Atira a raiva e todos os sentimentos negativos que estão a minar esse coração que ainda bate dentro de ti.
Chora o que tiveres a chorar, lamenta o que tiveres a lamentar. A tristeza passa e a angústia desvanece-se. Perdoa-te e aceita o que é e como é. Deixa que o tempo te ajude a esquecer. Deixa que o tempo te dê novamente forças para recomeçar. E recomeça. Sem nada, se for preciso. Só com a esperança no olhar.