O Botanista: um restaurante que é uma ode ao mundo natural

Há um novo restaurante 100% vegetal em Lisboa e é uma autêntica homenagem à natureza, tanto no prato como na decoração. Catarina Gonçalves, uma das responsáveis por outro espaço da capital, o “Ao 26 – Vegan Food Project”, juntou-se a André Baptista, que também chegou a integrar este projeto e, juntos, abriram, há cerca de dois meses, O Botanista.
Situado perto do Cais do Sodré, na Rua D. Luís I, numa zona da cidade que tem vindo a ganhar uma vida nova, o restaurante representa uma grande evolução deste conceito, mostrando que não precisamos de comer carne ou peixe para nos alimentarmos bem e que podemos (e devemos) ser exigentes com a qualidade dos produtos e com o sabor. É como se estivéssemos a voltar aos ingredientes ancestrais para recuperar alguns valores e conceitos que tínhamos perdido. Mas com um toque de contemporaneidade e uma frescura de inovação.
Catarina, vegetariana há 13 anos, quer mostrar que a comida “vegan é acessível a todos”, apostando na “simplicidade dos sabores”, o que se torna “mais ambicioso do ponto de vista da confeção”. Depois de abandonar a sua carreira ligada à Engenharia Civil, atirou-se de cabeça ao que a faz realmente feliz. Encontrou na comida 100% vegetal o seu foco e um objetivo para a vida. A alegria com que fala destes projetos é contagiante e inspiradora.
Foi o “acaso misturado com a vontade que tinha de abrir um espaço destes” que impulsionaram a abertura d’O Botanista. Se, no “Ao 26” são servidos sobretudo almoços e jantares, no novo restaurante aposta-se numa oferta diária mais abrangente, permitindo também almoçar e jantar, mas, essencialmente, petiscar e pedir qualquer prato a todas as horas do dia, numa espécie de menu de brunch que abrange todo o horário de funcionamento.
Aliás, o menu é bastante extenso, variado e com muitas opções tentadoras, no bom sentido, o que dá azo a experimentar e a querer voltar para provar outros sabores. E como a estação está mudar e o que a terra nos dá também, há pratos que vão sofrer alterações. Para Catarina, o desafio maior neste projeto é confecionar tudo o que é possível na cozinha d’O Botanista. Os leites, o pão, que é divinal, as massas e até as manteigas são aqui produzidos. O André é o chef de cozinha, mas quem manda nos doces é a Catarina.
A frescura dos alimentos chega ao nosso prato em formatos, cores e combinações audazes, mas simples, originais, mas fiéis aos seus sabores. Contagia-nos na leveza de comer bem e de ficar bem, sem qualquer sensação de enfartamento ou barriga inchada. E como comer é cada vez mais uma experiência de todos os nossos sentidos, estar rodeada de plantas num espaço cheio de luz faz toda a diferença. Transporta-nos para uma estufa, para um ambiente tranquilo, que convida a ficar, sem pressa.

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