Custa a acreditar

Ainda custa a acreditar que o mundo trava uma batalha sem precedentes, uma luta contra um inimigo invisível que alastra a um ritmo vertiginoso com consequências que todos desconhecemos. Ainda custa a acreditar que sair à rua é um gesto perigoso e que é dentro da nossa casa que podemos tentar escapar a este vírus.
Há um antes e um depois desta pandemia. Há um antes e um depois deste regressar ao que é essencial: estar perto dos nossos mesmo estando longe, ter tempo para estar com a família, ser mais amor. Num mundo cada vez mais estranho, num mundo cada vez mais aterrador, cabe-nos voltar para dentro, para dentro da nossa casa, para dentro da nossa família, para dentro de nós. Num mundo que se fecha cada vez mais, cabe-nos a nós abrirmos portas à solidariedade, à humildade, ao respeito.
É altura de pensarmos em nós e nos outros. É altura de pensarmos o que podemos fazer para que esta pandemia passe rapidamente. E todos temos de cumprir a nossa parte. Ainda custa a acreditar que este é um tempo novo, um tempo em que voltamos a ter tempo. Qu este seja um tempo em que aprendemos a ser mais. Que este seja um tempo em que nos renovamos. Que este seja um tempo em que a saúde seja mais importante do que os números porque a vida de cada um de nós não tem preço.